O que é a artrose e como ocorre?

No Brasil, mais de 15 milhões de pessoas sofrem de artrose (ou osteoartrite), segundo dados do Ministério da Saúde. A OMS (Organização Mundial da Saúde) estima ainda que enfermidade é a quarta na lista das que mais prejudicam a qualidade de vida. Ainda de acordo com a Sociedade Brasileira de Reumatologia, apesar de ocorrer tanto em homens e mulheres, é mais comum no sexo feminino.

A artrose é um processo degenerativo que acomete as articulações, acarretando o desgaste da cartilagem e também prejudicando ligamentos com efeito mais comum nas mãos, coluna, joelhos e quadris (regiões propensas por conta de terem movimentação mais constante).

Com isso, os movimentos deixam de ter o deslizamento natural e causam dor, inchaço e limitam as funções devido à rigidez muscular. Em casos mais extremos há atrito direto entre os ossos, prejudicando ainda mais a mobilidade articular.

Tanto fatores genéticos, quanto mecânicos e metabólicos estão associados entre as causas.

Como ocorre?

Há duas situações em que a ela ocorre: primária (aparentemente sem causa conhecida) e secundária (com causa conhecida). 

Na primeira situação é devido ao uso excessivo ou repetitivo de uma articulação ou por conta do envelhecimento normal e com isso o líquido e a cartilagem existentes na região (sinovial) se degeneram e deixam de lubrificar as cavidades articulares. A prática incorreta de exercícios e sem o devido acompanhamento de um profissional também podem ocasionar resultar em artrose. 

Já a secundária é um processo resultante de outras enfermidades congênitas ou distúrbios, como obesidade, gota, traumas repetitivos, artrite, diabetes etc.

Sintomas 

Quem sofre de artrose sente dores, inchaço e queimação, mas atenção, no caso da artrose esses sintomas ocorrem em algumas das articulações, no caso de o problema ocorrer em várias articulações ao mesmo tempo, pode ser sinal de reumatismo.  

No início, o paciente sente apenas dor na movimentação da articulação, mas progride para dor mais aguda, seguida por rigidez e pode atingir ainda outras complicações como redução da capacidade motora em atividades cotidianas, pessoais e domésticas.  

Tratamento

Um dos agravantes da artrose é o próprio tempo, pois não existe cura e a tendência é ocorrer uma piora progressiva. No entanto, quando é feito o tratamento adequado, é possível estabilizar o quadro, retardar os efeitos, bem como promover mais qualidade de vida ao paciente com o alívio da dor e uma melhora nos movimentos.

Para o diagnóstico, o médico examina a articulação e verifica as condições de movimentação. E auxiliar no diagnóstico, o profissional pode solicitar exames de imagem (raio x, ressonância) e também de laboratório (de sangue, análise do líquido articular).

Dentre os remédios utilizados no tratamento, estão: analgésicos, anti-inflamatórios e narcóticos, procedimentos como injeções de cortisona ou ácido hialurônico, além de técnicas auxiliares como fisioterapia, hidroterapia, acupuntura e terapia ocupacional. Recomenda-se também a prática de atividade física regular, bem como ter orientações psicológicas e nutricionais. 

Há ainda os procedimentos cirúrgicos, de acordo com o diagnóstico e nível degenerativo, como realinhamento dos ossos e substituição da articulação.

É recomendável

A prática regular de exercícios ajuda na prevenção da limitação da musculatura mas não garante a prevenção da artrose, pois fortalece a os músculos e com isso protege as articulações. Por isso, são recomendados exercícios de menor impacto e voltados ao fortalecimento e alongamento do corpo.

Outras recomendações incluem não permanecer na mesma posição por um longo período de tempo, além de fazer o devido controle da saúde para evitar que outras doenças surjam e resultem em artrose. Controle do peso também é fundamental.