Celular faz mal para os olhos?
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A escoliose é um desvio da coluna que acaba formando um C ou S, ou seja, uma curvatura anormal que pende para um dos lados do tronco, determinada pela rotação das vértebras.
A curvatura normal da coluna é quando ela vista de frente parecer reta e quando observada de lado apresentar curvaturas na região do pescoço, do tórax, da cintura e da bacia. Isso ocorre por conta do desenvolvimento natural do nosso corpo.
O problema ocorre quando uma dessas alterações anatômicas sofre uma redução ou um aumento muito acentuado, comprometendo o alinhamento e prejudicando a mobilidade e aí o corpo fica inclinado lateralmente.
Isso pode ocorrer por má formação das cartilagens ou fusão de costelas (durante a gestação), mas também por distrofias musculares, paralisia cerebral, hábitos posturais inadequados, tumores, obesidade, sedentarismo, tabagismo. No entanto, boa parte dos desvios na coluna ainda têm origem desconhecida (idiopática).
Classificações
A escoliose tem basicamente dois tipos de classificação: estrutural (relacionada a um problema congênito) ou funcional. Nas estruturais ela se forma em decorrência de algum problema de nascença ou adquirido por problemas neurológicos e nas funcionais as curvaturas aparecem como uma manifestação secundária que compensou desajustes causados em outra parte do corpo.
Diagnóstico: quanto antes melhor
A escoliose pode ocorrer na infância, adolescência ou juventude e determinar em que fase ocorreu é essencial para definir o padrão e o tratamento mais adequado. Ou seja, pode surgir em qualquer fase da vida.
Normalmente, os primeiros sinais podem aparecer na puberdade (entre 9 e 15 anos), período em que há mudanças acentuadas no desenvolvimento e crescimento. Fatores genéticos também podem interferir.
E quanto mais cedo for feito o diagnóstico, mas cedo terá início o tratamento e as chances de evitar complicações futuramente reduzem e até em muitos casos, são possivelmente evitadas. Dentre as complicações estão: problemas emocionais, artrite, problemas respiratórios e danos na medula.
Esse diagnóstico é feito por um profissional especializado que vai realizar um exame clínico adequado pedindo para que o paciente fique de frente, de costas e de perfil para identificar possíveis sinais de escoliose. Além disso, exames como a radiografia podem registrar o grau dos desvios.
Quanto maior é o desvio, maior será a chance de ocorrer agravamento da escoliose e consequentemente o surgimento de problemas respiratórios.
Como suspeitar de escoliose mais cedo?
Tenha atenção de perceber que um ombro parece estar numa altura diferente do outro; se a pélvis estiver muito inclinada; ombros ou quadris estiverem assimétricos; coluna encurvada para algum dos lados; desconforto e dor muscular. Esses são os principais indicativos de que algo está errado.
Tratamento
O tratamento da escoliose depende do grau em que a doença é descoberta, a faixa etária do paciente, o grau e o padrão da curvatura, bem como a intensidade da dor e as características da deformidade.
Fisioterapia, reeducação postural e exercícios para alongamento e fortalecimento da musculatura e uso de coletes são algumas das técnicas utilizadas mais no tratamento conservador. Já o não conservador utiliza medicamentos para a dor como anti-inflamatórios, analgésicos e relaxantes musculares.
Casos cirúrgicos são indicados apenas para casos em adultos e muitos específicos em que a dor é aguda e a curvatura é superior a 40 ou 50º e há comprometimento da função pulmonar.
Recomendações e prevenção
– Os cuidados devem começar já com as crianças, que precisam ser estimuladas a ter uma postura corporal mais correta possível, para desde cedo se acostumarem.
– Procure manter o peso de acordo o que é recomendado para sua altura e idade. A obesidade altera o equilíbrio do corpo com excesso de peso e desgaste nas articulações.
– Faça atividade física para fortalecer a musculatura e dar melhor sustentação à coluna.
– Utilize sapatos confortáveis e evite excessos com salto alto.
– Procure o médico no caso de sentir qualquer desconforto e não se automedique.
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