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A Epicondilite é uma inflamação nos tendões dos cotovelos, uma tendinite que ocorre em maior incidência em quem realiza movimentos muito repetitivos com a utilização das mãos, dedos e punho.
A doença também é bastante conhecida como “cotovelo do tenista” ou “cotovelo de golfista”, isso porque o problema acomete mais atletas dessas modalidades ou de esportes que tenham relação com arremesso. Ela pode ocorrer de duas maneiras: na parte lateral ou medial e evolui para danos nos tecidos vasculares.
A doença é muito comum e chega a atingir entre 1% e 3% da população.
Epicondilite lateral
Quando a inflamação dos tendões ocorre na parte lateral ou externa (parte de fora do cotovelo) é chamada de epicondilite lateral (cotovelo de tenista). Ela é bastante dolorosa e ocorre quando há uso excessivo dos tendões.
Normalmente ocorre mais no braço em que a utilização e execução de tarefas é a maior, seja destro ou canhoto.
Epicondilite medial
Já quando a inflamação ocorre na parte de dentro do cotovelo, se diz que é a epicondilite medial (cotovelo de golfista), que também surge por prática excessiva esportiva que demandem muito a utilização dos cotovelos. Ela é menos comum e atinge menos que 1% da população.
Causas
A parte lateral do cotovelo é responsável pela extensão dos punhos, seja em sua movimentação para cima ou para baixo. Quando a região sofre algum desgaste ou sobrecarga, fissuras ou processo inflamatório decorrente de reforço repetitivo, diz-se que o problema está relacionado com a epicondilite medial, podendo evoluir para a epicondilite crônica ou até a calcificação do tendão.
Sintomas
O principal sintoma é a dor, que pode ter início mais brando e com o passar do tempo, podendo ficar mais intensa e prejudicar a realização dos movimentos. A dor ocorre nas movimentações e na apalpação, ocorrendo na região do epicôndrio, estendendo-se do dorso ao antebraço.
Pode ocorrer uma sensação de “queimação” e perda de força, além disso a área pode ficar vermelha, quente e inchada.
Diagnóstico
O médico irá analisar as atividades que causam os sintomas e a região em que ocorre. Exames complementares podem auxiliar na confirmação do diagnóstico do médico especialista: como raio x, ressonância, tomografia, densitometria óssea, cintigrafia e análises de sangue. Estima-se que no Brasil ocorram mais de 150 mil casos por ano de epicondilites no cotovelo.
Tratamento
O tratamento médico não cirúrgico tende a resolver a maioria dos problemas reduzindo a dor e a inflamação com proteção da área, repouso, gelo, medicação anti-inflamatória, injeções de cortisona, fisioterapia, terapias com ondas de choque, ortóteses.
A cirurgia é indicada apenas quando o tratamento tradicional não surte efeito. São considerados os seguintes tipos de cirurgia: aberta (incisão acima do cotovelo) e artroscópica (pequenas incisões).
No pós-operatório, a região deve ficar imobilizada e após isso iniciam exercícios de alongamento e exercícios de fortalecimento. Terapia ocupacional, treino funcional e alterações no cotidiano para melhorar a postura também são aconselháveis.
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